12) Depeche Mode- A Broken Frame (1982)

Artista: Depeche Mode
Disco: A Broken Frame(1982)
Fotografia: Brian Griffin
Design: Martyn Atkins


Uma das capas de discos mais lindas da história da música. Uma verdadeira Obra-Prima de beleza e mensagens. O cenário realmente é mágico. O autor dessa fotografia é Brian Griffin, fotógrafo acostumado a trabalhar para a cena musical. Já desenvolveu trabalhos gráficos para Iggy Pop, Echo and The Bunnymen, Elvis Costelo, Peter Gabriel, entre outros. As pinturas de Casper David Friedrich, serviram de inspiração. Friedrich foi um pintor alemão do princípio do século XIX, possuía uma maneira interessante de representar a morte em suas pinturas. (vale a pena conferir suas obras, notará muitas semelhanças) Como resultado da inspiração: essa foto, uma camponesa russa, com sua foice em punho, desafiando o tempo sombrio e seus próprios medos para colher o seu alimento. É o limiar da vida e da morte. Griffin tenta levar o espectador a se imaginar ali, naquele exato momento, para isso faz a modelo posar distante e não revelar seu rosto, podendo ser assim qualquer pessoa. A roupa utilizada para a foto foi produzida por Jaqui Frye, e nos remete a uma Rússia na época estalinista. A fotografia é muito dramática, utilizaram vários refletores sobre o campo, de forma que a pessoa e o trigo ao redor fossem iluminados, em especial pelos lados e por cima. Griffin utilizou a exposição da luz do dia somada com a iluminação artificial para não permitir que o céu se mostrasse suave. O ano da foto é de 1980 e foi tirada no início do outono inglês, havia nesse dia muitos relâmpagos, o céu estava realmente escuro e chovia muito. A equipe de produção teve dificuldades em acreditar que naquele dia conseguiriam condições para tirar essa foto. Martyn Atkins, assistente de Griffen, passou muitas horas rodando com sua moto para achar a locação ideal. Eis que achou o lugar ideal ás margens da rodovia M11 em Hertfordshire.O pouco momento que a chuva parou foi suficiente para a luz brilhante do sol atravessar por entre as nuvens pesadas e proporcionar esse efeito espetacular. Alguns outros efeitos da fotografia foram obtidos em laboratório.

Depeche Mode- Leave in Silence

11) Aerosmith- Get a Grip (1993)

Artista: Aerosmith - Get a Grip (1993)
Design:
Hugh Syme
Fotografia:
William Hames

Durante o lançamento do álbum "Get a Grip" a associação protetora dos animais resolveu implicar com o piercing da teta da vaca que está posando na capa do disco. Depois de muita encrenca a banda admitiu que a vaca tomou anestesia antes de entrar na moda, e depois recuperou-se no hospital. Na realidade, a capa é pura montagem.

Aerosmith- Livin' On The Edge


010) Beatles- Abbey Road (1969)

Artista: Beatles
Disco: Abbey Road (1969)
Fotografia: Ian Macmillan



O produtor George Martin quase não acreditou quando Paul McCartney o convidou para comandar as sessões de gravação de um novo álbum dos Beatles. Nos últimos meses, aqueles quatro garotos que vira crescer haviam feito um telefilme unanimamente odiado, montaram uma gravadora que estava às portas da falência, tentaram voltar às raízes com um disco-filme abortado, viviam às turras envoltos em questões administrativas. Eram como quatro estranhos, mas, quem diria, lá estavam eles propondo um disco mais uma vez. Para tentar aliviar o clima, Martin colocou como condição que tudo fosse feito "como antigamente". E foi atendido. As gravações, que começariam em fevereiro de 1969, foram agendadas para o mesmo estúdio onde haviam se conhecido, há sete anos. O estúdio da EMI no bairro de St. John’s Wood, naAbbey Road. Mas, na verdade, ali estava um bando de músicos milionários tentando tirar paciência de lugares inimagináveis, juntar as forças, esquecer as picuinhas e gravar um disco. O álbum foi gravado em menos de dois meses e, embora na maior parte das vezes os quatro não estivessem ao mesmo tempo no estúdio, as testemunhas dizem que as gravações foram as mais tranqüilas em anos. Havia várias idéias para o título do LP — Everest e Billy’s Left Foot, estavam entre elas —, até que Paul surgiu com a homenagem ao estúdio com o qual estariam associados eternamente: Abbey Road. A famosa foto foi feita por Ian Macmilan, em menos de meia hora. Era um dia quente, e Paul chegou à sessão com suas tradicionais sandálias de dedos. Macmillan fez algumas tomadas (que precisavam ser interrompidas a toda hora por causa do tráfego), e Paul resolveu prosseguir descalço. Era preciso agir rápido: uma pequena multidão de curiosos já se ajuntava ao redor. A mitologia em torno desta capa, entretanto, foi ampliada imensamente quando o DJ americano Russell Gibb encontrou "pistas" que comprovariam que Paul McCartney havia morrido em um acidente de carro como o descrito em 'A Day in the Life', que trazia os versos: "ele estourou seus miolos batendo em um automóvel". Ainda sustentou a idéia de que a banda o substituíra por um clone destro (McCarteney é canhoto). Depois de tanta história, os boatos foram encarados com humor pelos integrantes do conjunto, como no depoimento do baterista Ringo Star, no livro Anthology: “Fazia parte do rock'n'roll, ajudava a manter aquela loucura”. Tudo isso, somado aos hits 'Come Togheter' e 'Something ' fizeram do disco um dos maiores sucessos do grupo. (Fonte: Bizz)

The Beatles- Something


009) Secos & Molhados- Secos & Molhados (1973)

Artista: Secos & Molhados
Disco: Secos & Molhados (1973)
Design: Décio Duarte Ambrósio
Fotografia: Antonio Carlos Rodrigues

Como produto pop, o disco de estréia dos Secos & Molhados sobreviveu intacto à ação do tempo. Passou no teste também como expoente do rock nacional (apesar de o próprio Ney Matogrosso afirmar se espantar quando dizem que o som é rock'n'roll). Mas onde parece mais intacto é como peça gráfica. Há alguns anos, foi eleita a melhor capa de discos brasileiros em enquete organizada pelo jornal Folha de S.Paulo, deixando para trás capas memoráveis de Tom Zé e Gal Costa. Considerando que o S&M dava mesmo grande valor ao aspecto visual e que sua maquiagem serviu de referência para uma série de projetos, é uma vitória merecidíssima. Antonio Carlos Rodrigues, que clicou a capa, define sua criação como "fantástica", como estilo e como resultado. "Tudo nessa capa é fantástico, o momento em que aconteceu, o fato de o disco ter vendido quase 1 milhão de cópias. Antes disso, os discos mais vendidos no Brasil chegavam a 100 mil exemplares", explica. Com a ajuda do maquiador Silvinho, fez uma série de fotos parecidas com a que está na capa do álbum do Secos, com a cabeça de sua mulher, que era modelo, "servida" em uma espécie de bandeja. As fotos foram recusadas por uma revista, mas acabaram publicadas em outra, a Fotoptica, para a qual cedeu os fotogramas de graça. Rodrigues assistiu a um show dos Secos & Molhados e, em seguida, foi procurado pelo pai do compositor João Ricardo, o jornalista português João Apolinário, que lhe propôs que fizesse a capa do disco. João, que havia visto as fotos que ele clicaria para a Fotoptica, era seu colega no jornal Última Hora. “Quando soube do nome do grupo, montei uma mesa no meu estúdio com vários secos e molhados, coloquei a cabeça deles ali e os maquiei." Para a preparação, todos ajudaram, serrando mesas de compensado - e, durante as fotos, foi gasto muito tempo até que se chegasse ao resultado perfeito, com todos os S&M passando muito frio durante uma madrugada inteira. Antonio Rodrigues repetiu quase que literalmente o trabalho que teve com seu ensaio para a Fotoptica, realizando um dos projetos gráficos mais marcantes do rock nacional e da música popular brasileira. (Fonte: Bizz)

Secos e Molhados- Sangue latino


008) David Bowie- Aladdin Sane (1973)

Artista: David Bowie
Disco: Aladdin Sane (1973)
Design: Duffy Philo e Célia Philo
Fotografia: Sukita

Aladdin Sane reflete mais um dos períodos de transição musical pelo qual o artista, batizado de "camaleão do rock", passou. A tour americana que havia feito tempos antes, deixara Bowie dividido. O público adorava a persona glitter do cantor. Assim, a capa do álbum teria que ser a mais exagerada possível. Bowie também passava por momentos delicados por causa das drogas. Anos depois, ele comentou: "naquela época minha vida estava fora de controle. Eu estava magro como um esqueleto. Aquele raio no meio do rosto significa isso". Bowie se apresentava com uma aparência cada vez mais estranha e andrógina. O cabelo tinha sido tingido com uma tonalidade cenoura e as sobrancelhas simplesmente desapareceram. O título do disco e da nova persona que ele encarnou, talvez remete ao período conturbado pelo qual passava - Alladin Sane (trocadinho com a palavra inglesa insane = insano). Mais uma cartada certeira do White Thin Duke. (Fonte: Bizz)

David Bowie- Jean Genie

007) Ramones- Ramones (1976)

Artista: Ramones
Disco: Ramones (1976)
Design: Greg Allen, Sevie Bates
Fotografia: Roberta Bayley



Desde que surgiu, há mais de 25 anos, o punk pode ter se transformado, mas sempre esteve ao nosso lado. E, mais do que pela música, mas especialmente pela atitude e pelo visual. Olhe para a capa do primeiro álbum dos Ramones. Assim como a música do quarteto de Nova York, o trabalho de arte do disco não tem nada de sofisticado ou elaborado. Quatro caras desajeitados com as costas na parede tentando parecer "cool". Qualquer banda de garagem, que está começando, imita essa pose clássica. Foi uma foto simples, tirada em preto e branco e que não levou muito tempo para ser feita. A história dos bastidores do primeiro álbum dos Ramones é também a improvável saga da fotógrafa Roberta Bayley. Ela foi uma das mais importantes figuras a retratar a estética punk. Durante os anos 70, Roberta e sua câmera estiveram presentes em momentos emblemáticos da música daquela década. Ela trabalhou na Inglaterra com Malcolm Mclaren, tomou conta da portaria do CBGB e colaborou no antológico fanzine Punk, de John Holmstrom. Por suas lentes também passaram Blondie, New York Dolls, Iggy Pop, Heartbreakers, Television, Sex Pistols, Richard Hell (com quem morou por algum tempo) e muitos outros. Mais do que ninguém, Roberta teve chance de observar os Ramones em seu habitat e no apogeu de sua criatividade. Ela sabe de muita coisa que se escondia por trás das jaquetas de couro e dos óculos escuros. Ainda assim, a resolução da capa foi coisa dela. Alguns arranjos foram feitos. Apesar de Joey ser o vocalista e líder não declarado, ninguém queria que ele se sobressaísse muito em relação aos outros, tarefa um tanto difícil se levarmos em conta a altura do cara. Aos poucos, Roberta foi posicionando os amigos como peças de xadrez que tinham que se encaixar de maneira impecável. Da esquerda para direita a coisa ficou assim: Johnny, como sempre desafiador e confiante, coloca a mão no bolso e encara a lente. Preste atenção na pose do baixinho Tommy. Para que ele não ficasse muito abaixo dos outros, Roberta pediu que ele subisse na muretinha da parede. Joey, por outro lado, está ligeiramente inclinado para não parecer gigantesco em relação aos colegas. À direita, Dee Dee, tenso, com ar de que não vê a hora de acabar com aquilo, comportamento típico dele. (Fonte: Bizz)

The Ramones- Blitzkrieg Bop



006) Ray Charles- What’d I Say (1959)

Artista: Ray Charles
Disco: What’d I Say (1959)
Design: Marvin Israel
Fotografia: Lee Friedlander


O fotógrafo que assina a capa deste álbum é um dos mais famosos retratistas da cena musical americana. Friedlander, que aos 14 anos já demonstrava amor pela fotografia, tinha com outra paixão, a música. Na época em que viveu em Los Angeles, anos 50, passou a retratar especialmente artistas de jazz, até ser encontrado por um empresário da Atlantic Records, que estava à procura de um profissional para elaborar suas capas de discos. Em What’d I Say, há grande harmonia entre a música e a foto. Nela, está Ray Charles, imortalizado atrás de seu microfone, suando e parecendo real. Entre os outros músicos retratados por Lee Friedlander estão Aretha Franklin e John Coltrane. (Fonte: Bizz)
Ray Charles- What’d I Say


005) Joy Division- Closer (1980)

Artista: Joy Division
Disco: Closer (1980)
Design: Peter Saville e Martyn Atkins
Fotografia: Bernard Pierre Wolff

As capas do conjunto sempre reproduziram a atmosfera da música produzida por eles. Mesmo sem nunca ter escutado uma única música do álbum, o design Peter Saville bolou toda a concepção de imagem em torno do som da banda. A capa mostra a mudança estética do final da década de 70 com o surgimento do punk. Com layout simples, sem propaganda e sem ter veiculação nas rádios, as vendas de Closer superaram todas as expectativas. O fato triste que marca esta história é que o vocalista Ian Curtis se matou quatro semanas antes do disco ser lançado. (Fonte: Bizz)
Joy Division- Love Will Tear Us Apart- (Unknown Pleasures)


004) The Clash- London Calling (1979)

Artista: The Clash
Disco: London Calling (1979)
Design: Ray Lowry
Fotografia: Pennie Smith


O The Clash sempre teve consciência do valor do impacto visual no rock. Afinal de contas, estilo era o motor do punk inglês e, ainda que a banda não fosse espalhafatosa e provocadora como os Sex Pistols, o Clash cuidava de detalhes como signos, bottons, chapéus, cintos e cabelos besuntados com brilhantina desde suas primeiras fotos publicitárias. O "assalto" estético propagado pelo punk era fundamental no plano de dominação que a banda pretendia aplicar nos Estados Unidos. Antes de London Calling, havia a fúria punk de The Clash (1977), cuja selvageria tratava da recessão econômica e do caos social que atacava a Inglaterra. O som de rock clássico de Give’em Enough Rope (1978) tampouco foi suficiente para conquistar o público americano — entrou na modestíssima posição 128 da parada em abril de 1979 — e a CBS franzia a testa preocupada com o poder de alcance de sua aposta, cujo contrato estipulara cifras inéditas para o mundo punk. O primeiro sinal de que as correntes do estilo e a barreira americana poderiam ser rompidas veio em junho de 1978 com o reggae-dub ‘White Man in Hammersmith Palais’. Ao menos os integrantes do Clash acreditavam firmemente em sua internacionalização. Em sua primeira turnê americana, Pearl Harbor’79, no início daquele ano, o The Clash escolheu nomes como Sam & Dave, Bo Diddley e Screamin’ Jay Hawkins para a abertura de seus shows, tática do tipo "política da boa vizinhança", mas que também revelava o fascínio pelas raízes e pelas lendas do rock’n’roll que apareceria em London Calling. Na segunda turnê pelos Estados Unidos, no mesmo ano, o The Clash embarcou da Inglaterra ao lado da fotógrafa Pennie Smith e do designer Ray Lowry, para documentar as apresentações e, depois, criar a arte do próximo disco. A foto que se tornou uma das capas de disco mais conhecidas da música pop, foi tirada durante uma apresentação do The Clash no Palladium Theater, em Nova York, no dia 21 de setembro. O show transcorria bem (na concepção punk do termo), mas o baixista Paul Simonon irritava-se cada vez mais, possivelmente por causa do som de seu instrumento que ouvia pelas caixas de retorno. Smith percebeu a ira do baixista e passou a acompanhar seus movimentos. Foi então que, com fumaça saindo pelas ventas, Simonon ergueu o contrabaixo acima da cabeça e o arremessou, espatifando-o contra o chão. Próxima da cena, Smith não temeu ser atingida por um naco do instrumento e clicou. Confiante de que conseguira uma boa foto, ela revelou o filme, mas decepcionou-se em seguida: a imagem de Simonon não tinha foco. O vocalista Joe Strummer contudo, afirmou categoricamente que aquela seria a capa do disco, não arredando pé nem mesmo diante dos argumentos técnicos da fotógrafa. Depois de ampliada, Smith percebeu que realmente havia registrado uma imagem poderosa. A superação da crise de identidade, o rompimento com as limitações sonoras e estéticas, a gana de abrir outras portas para o rock e um novo mercado para si próprio — o Clash tinha nas mãos um instantâneo que espelhava as mudanças detonadas com London Calling. No departamento de arte da gravadora CBS, em Londres, Ray Lowry utilizou a mesma tipografia do disco de estréia de Elvis Presley, em verde e rosa, com a idéia de que London Calling tornava o rock novamente perigoso, como ele havia sido em meados dos anos 50. Strummer e Mick Jones, os líderes da banda, ganharam espaço somente na contracapa, mas não reclamaram. London Calling expandia não somente o som do Clash para o reggae, o rockabilly, o jazz e o r&b como também levava "fisicamente" o grupo para a América e seu caos de informações e misturas culturais. O título puxava os holofotes do mundo pop de volta para a capital inglesa, só para ganhar as credênciais e pisar no solo americano. Definitivamente, o Clash não estava mais entediado com os EUA, como cantara no disco de estréia. Apesar de duplo, London Calling foi vendido a preço de LP simples e teve excelente aceitação nos EUA, chegando ao 27º posto da parada no início de 1980. (Fonte: Bizz)


The Clash- London Calling



003) Elvis Presley- Elvis Presley (1956)

Artista: Elvis Presley
Disco: Elvis Presley (1956)
Design: “Colonel” Tom Parker
Fotografia: Popsie

Talvez seja impossível encapsular uma bomba atômica explodindo. Da mesma forma, nem sempre é possível saber o momento exato em que uma lenda nasce. Mas foi justamente isso o que aconteceu quando todos viram a capa do primeiro LP de Elvis Presley, lançado em 1956. O rosto de Elvis Presley foi a segunda figura mais reproduzida do século 20 — só perde para Mickey Mouse. Mas, lá no início,antes de todos verem sua face, Elvis chegou a ser confundido com um artista negro. Elvis começou a gravar na pequena Sun Records, em 1954, e logo foi descoberto por um ladino empresário de música country chamado "Colonel" Tom Parker. Ele sabia que tinha ouro nas mãos e, aos poucos, passou a explorar a imagem do rapaz. Mesmo com um orçamento reduzido, Colonel fazia o possível para que esses shows fossem fotografados. Em julho de 1955, Elvis estava se apresentando na Flórida quando foi fotografado em plena ação. O material foi guardado, mas teria uso certo alguns meses depois do show. Seu empresário não perdeu tempo em trazer o material arquivado para ilustrar o disco. A foto em preto e branco feita por William S. Randolph, conhecido como Popsie, mostrava Elvis de olhos fechados, com a boca aberta, exibindo as amígdalas. Magérrimo e vestido com um daqueles ternos vagabundos, parecia dar cabo do pobre violão. A foto foi ampliada ao máximo para que nenhum efeito fosse perdido. No canto esquerdo, "Elvis" escrito em rosa e, embaixo, "Presley" em verde. Com sua singular mistura de rosa, branco, preto, verde e violência musical pura, não à toa a imagem foi homenageada duas décadas depois na obra-prima do punk, London Calling, do The Clash. Tudo começou ali. (Fonte: Bizz)


Elvis Presley- Heartbreak Hotel 56



002) Cartola- Verde Que te Quero Rosa (1977)

Artista: Cartola
Disco: Verde Que te Quero Rosa (1977)
Design: Ney Tavora
Fotografia: Ivan Klingen

O terceiro LP de Angenor de Oliveira (1908-1980) não é eternizado somente pela essência musical. Sua sublime portada, com foto de Ivan Klingen e direção de arte de Ney Tavora, é uma das capas nacionais mais lembrada pelos críticos musicais. À frente dos projetos gráficos maravilhosos do selo Elenco, de obras-primas do design da bossa nova e de outros discos festejados mais pela importância do título do que pelas qualidades estéticas de suas embalagens. Um dos fundadores da Estação Primeira de Mangueira, Cartola pode se gabar de ter inventado a inusitada combinação de cores adotada pela escola. Quem conviveu com o sambista diz que ele não conhecia os versos do poeta espanhol García Lorca ("verde que te quero ver-te"). Mas a expressão já tinha sido incorporada inconscientemente ao repertório popular quando foi parodiada na belíssima parceria de Cartola com Dalmo Castelo que dá nome ao disco. O importante é constatar: poucas vezes uma capa traduziu tão bem uma frase, com todo o lirismo e subtextos implícitos. Ney Tavora fez o que tinha de fazer. Jogou no canto direito o nome de Cartola e deixou o lindíssimo retrato do sambista falar por si. O título do disco não precisava aparecer mesmo; já estava totalmente traduzido pela imagem. O cafezinho na xícara verde, o pires rosa, o cigarro entre os dedos, o anel e a aliança e os óculos escuros, tudo casava perfeitamente. Em seu portfólio, além de Verde Que te Quero Rosa, constam capas para discos importantes, como De Pé no Chão (1978), de Beth Carvalho, Modo Livre (1974), de Ivan Lins e Miúcha de Antônio Carlos Jobim (1977).
(Fonte: Bizz)

Cartola- Nós Dois

001) Violent Femmes- Violent Femmes (1982)

Artista: Violent Femmes
Disco: Violent Femmes (1982)
Design: Jeff Price
Fotografia: Ron Hugo

Capa do primeiro disco da banda de rock alternativo Violent Femmes. Na época do lançamento o disco teve pouco sucesso, vindo a ganhar disco de platina somente 10 anos depois do seu lançamento. O grupo é formado por Gordon Gano (vocais, guitarra e principal letrista), Brian Ritchie (baixo) e Victor DeLorenzo (bateria e percussão). Em 1994, Guy Hoffman substitui DeLorenzo. A capa é uma das mais simples e mais bonitas da história do rock. A foto da capa é conhecida como “little girl “. A garotinha se chama Billie Jo Campbell e na época tinha 3 anos de idade. Algumas informações dizem que ela é filha de Lowell George, ex-guitarrista de Frank Zappa. (li uma entrevista dela, e em nenhum momento ela menciona esse fato). No dia dessa foto ela estava indo acompanhar a sua mãe no trabalho, quando foram abordadas nas ruas de Los Angeles pelo fotógrafo Ron Hugo. – Sua filha é adorável, disse Ron. Explicou que precisava de uma foto de uma garotinha como ela para a capa de um disco de rock. Mesmo sem acreditar muito, a mãe da menina aceitou a proposta de U$ 100 pela foto. A casa escolhida fica em algum lugar da Laurel Canyon LA. E para que a menina tivesse aquele olhar curioso e inocente para dentro da casa, o fotógrafo lhe disse que a casa estava cheia de lindos animais. FANTÁSTICA!!

VIOLENT FEMMES- Blister in the Sun